EMGERPI... O fato ou a lenda?
John Brown, pensador americano, disse certa feita que "mesmo quando os fatos são conhecidos, a maioria das pessoas prefere a l
enda e recusa-se a acreditar na verdade quando de algum modo ela prejudica o mito." O ano de 2009 foi pródigo em graves acontecimentos. Em nível de Piauí, explodiu o escândalo da Emgerpi. A Empresa de Gestão de Recursos foi criada para liquidar outras empresas e garantir comodida aos servidores - numa transição possivelmente tranqüila.
Mas se encarregou, na prática, de outras coisas. Muitas outras coisas. De acordo com o estudante de direito Jaylles Fenelon, a empresa teria sido utilizada para que dinheiro público fosse injetado na campanha de candidatos petistas e governistas nas eleições de 2008. Em 1º de julho, este DP noticiou que "caixas de dinheiro eram levadas para secretários", de acordo com declarações de deputados da oposição na Assembléia.
Os beneficiários seriam políticos da situação e alguns secretários de Estado que tinham interesse direto no processo eleitoral. Um dos acusados é o secretário de Fazenda do Estado, cuja mulher foi eleita vereadora com ampla votação. Outras irregularidades teriam sido cometidas na gestão da empresa, sendo que uma delas foi contra o próprio Judiciário. Valendo-se de esquema junto ao sistema bancário, a então presidente obteria informações privilegiadas.
Ela saberia, antes, toda vez que houvesse determinação para bloqueio e seqüestro de recursos da empresa. Tomava, assim, a providência de encaminhar-se para a agência e mudar o dinheiro de conta. Deste modo, quando a determinação judicial chegava nas mãos do gerente encontrava a conta quase que totalmente sem recursos.
A ex-presidente da Emgerpi não se defendeu. Ela optou por atacar. Utilizou-se de estratégia segundo a qual "a melhor defesa é o ataque". Acusou seu denunciante de envolvimento com a oposição política ao PT num dos municípios supostamente beneficiados com recursos ilegais do Estado. Ela agrediu não apenas o denunciante. Agrediu princípio basilar da Constituição Federal.
Praticou publicamente discriminação ao questionar a sexualidade do denunciante e seu suposto relacionamento amoroso com ex-prefeito do interior do Piauí. Uma coisa não tinha nada a ver com a outra. Mas o poder sempre fala mais alto. E na época quem detinha o poder era quem estava na chefia da Emgerpi. A presidente levou vários meses para cair. Houve até rodadas de apostas para ver como ela não caía do cargo. Mas caiu. Melhor dizendo: foi promovida.
Antes, sua demissão chegou a ser anunciada em plenário da Assembléia. Um dos líderes governistas, conversando com alguém ao telefone, comentou numa entrevista gravada para repórter de televisão. Ele disse que a presidente havia sido substituída e deu até o nome do sucessor. Mas o governador preferiu "cozinhar o galo", como se diz no ditado popular.
O fato realmente veio a ocorrer, mas quando ele bem entendeu independente de todo o clamor popular. O escândalo da Emgerpi foi parar na Polícia Federal. Transformou-se em inquérito que está levando uma eternidade para ser concluído.
Por que, ninguém sabe, mas há grande expectativa de toda a sociedade para conhecer a profundidade do escândalo e seus verdadeiros responsáveis. Afinal, não se tira um presidente de órgão por nada!
Fonte: Diario do Povo

Mas se encarregou, na prática, de outras coisas. Muitas outras coisas. De acordo com o estudante de direito Jaylles Fenelon, a empresa teria sido utilizada para que dinheiro público fosse injetado na campanha de candidatos petistas e governistas nas eleições de 2008. Em 1º de julho, este DP noticiou que "caixas de dinheiro eram levadas para secretários", de acordo com declarações de deputados da oposição na Assembléia.
Os beneficiários seriam políticos da situação e alguns secretários de Estado que tinham interesse direto no processo eleitoral. Um dos acusados é o secretário de Fazenda do Estado, cuja mulher foi eleita vereadora com ampla votação. Outras irregularidades teriam sido cometidas na gestão da empresa, sendo que uma delas foi contra o próprio Judiciário. Valendo-se de esquema junto ao sistema bancário, a então presidente obteria informações privilegiadas.
Ela saberia, antes, toda vez que houvesse determinação para bloqueio e seqüestro de recursos da empresa. Tomava, assim, a providência de encaminhar-se para a agência e mudar o dinheiro de conta. Deste modo, quando a determinação judicial chegava nas mãos do gerente encontrava a conta quase que totalmente sem recursos.
A ex-presidente da Emgerpi não se defendeu. Ela optou por atacar. Utilizou-se de estratégia segundo a qual "a melhor defesa é o ataque". Acusou seu denunciante de envolvimento com a oposição política ao PT num dos municípios supostamente beneficiados com recursos ilegais do Estado. Ela agrediu não apenas o denunciante. Agrediu princípio basilar da Constituição Federal.
Praticou publicamente discriminação ao questionar a sexualidade do denunciante e seu suposto relacionamento amoroso com ex-prefeito do interior do Piauí. Uma coisa não tinha nada a ver com a outra. Mas o poder sempre fala mais alto. E na época quem detinha o poder era quem estava na chefia da Emgerpi. A presidente levou vários meses para cair. Houve até rodadas de apostas para ver como ela não caía do cargo. Mas caiu. Melhor dizendo: foi promovida.
Antes, sua demissão chegou a ser anunciada em plenário da Assembléia. Um dos líderes governistas, conversando com alguém ao telefone, comentou numa entrevista gravada para repórter de televisão. Ele disse que a presidente havia sido substituída e deu até o nome do sucessor. Mas o governador preferiu "cozinhar o galo", como se diz no ditado popular.
O fato realmente veio a ocorrer, mas quando ele bem entendeu independente de todo o clamor popular. O escândalo da Emgerpi foi parar na Polícia Federal. Transformou-se em inquérito que está levando uma eternidade para ser concluído.
Por que, ninguém sabe, mas há grande expectativa de toda a sociedade para conhecer a profundidade do escândalo e seus verdadeiros responsáveis. Afinal, não se tira um presidente de órgão por nada!
Fonte: Diario do Povo
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