Padre prefeito Domingos Cavaleiro, acusado de pedofilia tem julgamento antecipado para essa segunda feira

O Tribunal de Justiça do Piauí antecipou para esta segunda-feira, dia 31, a sessão de julgamento do pedido de liberdade para o padre Domingos Cavaleiro, prefeito Municipal, de Domingos Mourão, acusado de constranger testemunhas no processo que responde na Comarca de Pedro II sob a acusação de crime de pedofilia.

A antecipação se deve, ao fato das solenidades de posse da nova diretoria do Tribunal na terça-feira que começam as 10 horas, justamente no horário em que seria a sessão. Preso há 25 dias, o padre prefeito está recolhido no Quartel do Corpo de Bombeiros em Teresina. Ele foi denunciado pelo Ministério Público, de tentar intimidar testemunhas do processo ao qual responde em segredo de Justiça por suposta pratica de crime de pedofilia contra uma menina de 13 anos em sua cidade.

A denúncia chegou ao Promotor Walter Rodrigues através dos pais da criança. O julgamento do habeas corpus impetrado pelo advogado Gustavo Uchoa será julgado pela 1ª Câmara Criminal do TJ, cujo presidente é o desembargador Edvaldo Moura. O julgamento começou há 10 dias e o primeiro voto foi da relatora, desembargadora Eulália Pinheiro que negou o pedido de liberdade. Portanto, o placar já está 1x0 pela permanência do padre na prisão. A desembargadora Eulália foi quem determinou a prisão do padre prefeito através de decreto preventivo a pedido do Ministério Público.

Faltam votar, os desembargadores Valério Chaves e Edvaldo Moura.. Na 1ª sessão, após o voto da desembargadora Eulália, o desembargador Valério Chaves pediu vistas. Na 2ª ele estava viajando.

O julgamento seria na sessão de 3ª feira. Mas como na terça ocorrerá posse dos novos dirigentes do Tribunal, a sessão foi antecipada para esta 2ª feira, 31. Os advogados do padre prefeito entraram com pedido junto a autoridade co-autora, desembargadora Eulália, pleiteando sua transferência do quartel do Corpo de Bombeiros em Teresina, para a Delegacia de Policia da cidade de Pedro II. O pedido foi negado. A desembargadora entendeu que, permanecendo preso na capital, o prefeito está mais seguro. Enquanto isso, o prefeito, padre Domingos Cavaleiro assinou pedido de licença junto a Câmara Municipal, de Domingos Mourão por um período de 15 dias.

A medida é uma manobra para evitar que o vice assuma. Com isso, o secretário de Administração fica respondendo pelo comando da prefeitura. Mas o vice-prefeito da cidade que está rompido com o padre prefeito não concorda com o fato de o secretário ficar respondendo pela prefeitura na ausência do prefeito. Para ele o cargo deve ser ocupado pelo vice,. Por isso, vai bater as portas da Justiça pedindo para assumir. Vai alegar dentre outras coisas que, eu a cidade está sem prefeito desde a prisão do titular e, agora, de fato e de direito, devido o pedido de licença do titular.

Fonte: 180graus